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sábado, 27 de julho de 2013

Diet ou light: qual será o produto mais adequado?

Se você é paciente diabético, certamente deve ter respondido que é o diet.
Mas cuidado! Nem todos os produtos diet são isentos de açúcar e existem alguns light que, na verdade, são diet. É preciso estar atento a certas armadilhas, que, muitas vezes, podem ser checadas no rótulo do alimento.
De acordo com Enilson Portela, professor de Nutrição da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e nutricionista do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), do Rio, as verdades e mentiras da questão diet/light estão na embalagem. "Além de procurar a ajuda do profissional que o atende para esclarecer sobre o assunto, o paciente deve sempre ler o que está escrito nos produtos antes de ingeri-los", adverte.
Choque Emocional e Diabetes
Ele acrescenta que esse cuidado deve ser ainda maior quando o alimento for importado, já que nem sempre a tradução do rótulo caracteriza a verdadeira realidade do que será consumido, além de nem todas as pessoas dominarem uma língua estrangeira. "O produto dietético deve ser usado apenas como complemento da alimentação e consumido de forma controlada", afirma.
O endocrinologista Antônio Carlos Lerário, chefe da Unidade de Diabetes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, concorda com Enilson tanto quanto à consulta que o portador do diabetes deve fazer ao médico e ao nutricionista sobre sua alimentação, como com o cuidado que deve ter em relação aos produtos diet e light. Para ele, esses alimentos são alternativas que os pacientes têm para montar mais facilmente uma dieta. Mas, nem por isso, podem ser consumidos à vontade.
"Antes de mais nada, não se deve comer muito. A alimentação do diabético tem de ser balanceada e, se ele ingerir, por exemplo, três vezes mais quantidade de pão só porque é diet, vai engordar. Além de verificar a ausência de açúcar refinado em um produto, é preciso estar atento ao excesso de carboidratos, que vão aumentar a glicemia; de gorduras, que vão aumentar os triglicerídeos e o colesterol; e de proteínas, que podem influir na função renal, desencadeando a nefropatia diabética", afirma.
De acordo com o Ministério da Saúde, alimentos dietéticos são aqueles produzidos de forma que sua composição atenda às necessidades de indivíduos com exigências físicas, metabólicas, fisiológicas e/ou de doenças específicas. Nesses casos podem ser incluídos os indicados para as dietas com restrição de açúcar ou de sal, gorduras, colesterol e proteínas.
Vale frisar que isso não quer dizer que, apenas por ser diet, um produto esteja liberado para os diabéticos, pois pode conter açúcar e terem dele retirado apenas o colesterol, por exemplo. "Para que o portador do diabetes possa consumir um alimento dietético, obrigatoriamente deve vir assinalado na embalagem que o mesmo não contém açúcar", adverte Enilson.
"Quanto ao light', continua ele , 'a legislação brasileira não define direito o que seria um alimento dessa categoria. Mas, para ser considerado assim, é necessário que apresente uma redução na quantidade total de um de seus componentes. Há um referencial de, no mínimo, 25% a menos na quantidade de um dos ingredientes para que um produto seja light".
O Light que é Diet
Na verdade, a idéia de produto light - ao contrário do que acontece com a imagem do diet - está muito mais associada à cultura do corpo, à estética, não a uma disfunção de saúde. E até se encontram bebidas consideradas light que, em realidade, são dietéticas. É o caso dos refrigerantes cujo açúcar cedeu lugar a adoçantes artificiais, como aspartame, sacarina, entre outros.
A antiga Coca-Cola diet saiu do mercado e a que existe atualmente com a designação light também pode ser ingerida por diabéticos. "A diferença da nova para a antiga versão do produto se deve aos seus componentes edulcorantes (substâncias adoçantes). O sabor melhorou sensivelmente.
Na minha opinião, a Coca light é um refrigerante dietético porque foi retirado o açúcar da bebida tradicional", afirma Enilson.
Atenção ao Chocolate
Quem consome produtos diet apenas com a finalidade de se "manter na linha" também deve ficar atento. Às vezes, os alimentos dietéticos engordam mais do que os originais. Isso acontece com o chocolate, por exemplo, que, para conservar sua consistência após a retirada do açúcar, ganha muito mais gorduras, fazendo com que sua quantidade calórica fique bem maior do que a do não dietético.
"A gordura do chocolate também auxilia no desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Mas, como esse não é um alimento de primeira necessidade no dia-a-dia dos diabéticos, em alguma ocasião especial, como a Páscoa, podemos ajustar a versão diet desse produto à sua alimentação", diz Enilson.
A Frutose das Geléias
Mas há também alimentos diet que, apesar da ausência do açúcar refinado em sua preparação, contêm bastante frutose, um açúcar de velocidade de absorção menor do que a glicose, mas também capaz de aumentar as calorias da alimentação diária do diabético. Um exemplo disso, segundo Enilson, são as geléias dietéticas, principalmente as importadas.
"Se for consumida em grande quantidade, além de fornecer muitas calorias, a geléia dietética também pode contribuir para alterações, como o aumento de gordura no sangue. Pode ainda aumentar a glicemia do diabético se a quantidade de calorias for maior do que ele necessita. E, tornando-se obeso, mais uma vez o paciente corre o risco de doença cardiovascular"
adverte Enilson.
Banana-Passa, Pães e Biscoitos: Calorias
Outro produto dietético que merece bastante atenção é a banana-passa. A banana, por si só, tem um tipo de carboidrato que favorece o aumento rápido do açúcar no sangue. Sendo assim, quando essa fruta é dessecada sua caloria aumenta ainda mais. "É como se você pegasse um cacho delas e o transformasse num pacotinho. Ao ingerir o equivalente a 6 ou 7 unidades de banana, o açúcar no sangue aumenta", explica o nutricionista, acrescentando que o mesmo acontece com o caqui e a uva.
No que se refere aos pães, Enilson também alerta quanto à quantidade. E não só para quem tem diabetes, como também para os que apenas não desejam engordar. Tanto os diet quanto os light têm farinha de trigo em sua composição, que é rica em carboidrato, dando em açúcar como produto final.
Os carboidratos também estão presentes em alguns achocolatados. E com percentual altíssimo: cerca de 60%. Apesar de estamparem no rótulo a ausência de açúcar, eles podem engordar.
Segundo o nutricionista, os melhores biscoitos para os diabéticos são os diet que não contêm açúcar refinado e são ricos em fibras. Eles visam manter normalizado o trânsito intestinal e ainda têm a capacidade de saciar a fome. Mas é preciso verificar na embalagem a ausência de açúcar na fórmula, já que esses produtos são vendidos nas versões diet, light e tradicional.
Segredos dos Adoçantes
Segundo o nutricionista Enilson Portela, deve-se ficar de olhos bem abertos também com os adoçantes. Ele diz que os melhores para quem não deseja engordar são os que vêm em gotas. Isso porque os vendidos em pó, imitando o açúcar refinado, geralmente contêm lactose ou frutose, que têm mais calorias do que os em forma líquida.
Mas, apesar de serem mais caros, já existem no mercado outros adoçantes, como aqueles à base de sucralose, que, mesmo em gotas, não deixam gosto amargo, característico de alguns edulcorantes.
"Hoje o paciente diabético tem condição de ter uma qualidade de vida fantástica. Primeiro, porque o seu tratamento é baseado numa alimentação adequada, na atividade física e em sólidas bases educacionais. Segundo, porque esses três pilares sempre significam saúde, seja para portadores de diabetes ou não", conclui o nutricionista.
Fonte: www.diabetes.org.br

Alimentos diet e light saiba a qual e a diferença

Informações nutricionais em rótulos e embalagens
O regulamento técnico referente à informação nutricional complementar foi estabelecido pela Portaria 27/98 do Ministério da Saúde. A informação nutricional complementar é qualquer representação que afirme ou sugira que um alimento possui uma ou mais propriedades nutricionais particulares quanto ao valor energético e ao conteúdo de proteínas, gorduras, carboidratos, fibras, vitaminas e minerais.
A orientação não pode estar formulada de maneira que leve a erro ou engano do consumidor. Informações como "Isento de açúcar", "Sem sódio" ou "Teor reduzido de gorduras" precisam estar dispostas de forma clara.
Devem constar do rótulo dos alimentos diet:
  • alerta para diabéticos quando contiverem glicose, frutose ou sacarose
  • quando houver adição de aspartame: "Contém fenilalanina"
  • em todos: "Consumir preferencialmente sob orientação de nutricionista ou médico"
Declarações nos rótulos e embalagens de alimento sobre:

CALORIAS

Baixo ou light
Máximo de 40 kcal/100g ou 20kcal/100ml.
Reduzido
No mínimo 25% de calorias a menos do que o alimento de referência e diferença maior que 40kcal/100g ou 20kcal/100ml. AÇÚCAR
Baixo ou light
Máximo de 5g de açúcar em 100g ou 100ml e máximo de 40kcal/100g ou 20kcal/100ml.
Sem adição de açúcar
Quando não foram adicionados açúcares durante a produção ou a embalagem. Se o alimento não for baixo ou reduzido em calorias, usar a frase: "Este não é um alimento com valor energético reduzido".

GORDURAS TOTAIS

Baixo ou light
Máximo de 3g de gordura em 100g ou 1,5g de gordura em 100ml.
Reduzido
No mínimo 25% a menos de gordura do que o alimento de referência. A diferença deve ser maior que 3g de gordura em 100g ou 1,5g em 100ml.

GORDURAS SATURADAS

Baixo ou light
Máximo de 1,5g de gordura saturada em 100g ou 0,75g em 100ml. A energia fornecida por gordura deve ser no máximo 10% do valor energético.
Reduzido
No mínimo 25% a menos de colesterol que o alimento de referência. A diferença deve ser maior que 1,5g/100g ou 0,75g/100ml.

COLESTEROL

Baixo ou light
Máximo de 20mg de colesterol em 100g ou 10mg de colesterol em 100ml e máximo de 1,5g de gordura saturada em 100 ou 0,75 em 100ml. A energia fornecida por gordura saturada deve ser, no máximo, 10% do valor energético.
Reduzido
No mínimo 25% a menos de colesterol que o alimento de referência. A diferença deve ser maior que 20mg colesterol/100g ou 10mg de colesterol em 100ml.
Alimentos diet e light: mitos e verdades
Apesar do aumento nas vendas, a população desconhece as características dos alimentos light e diet.
Neste mês em que são comemorados o Dia Mundial da Alimentação (16 de outubro) e a Semana da Alimentação (16 a 22), o Especial Cidadania trata de produtos diet e light, cada vez mais consumidos pelos brasileiros.
Pesquisa divulgada pela Associação Brasileira das Indústrias de Alimentos Dietéticos, para Fins Especiais e Suplementos Alimentares (Abiadsa) e pelo Instituto Brasileiro de Educação para o Consumo de Alimentos e Congêneres (IBCA) mostra que esses aprodutos são consumidos em cerca de 35% dos domicílios do país. Em dez anos, os negócios com alimentos diet e light cresceram 800% no país. Apesar disso, a Abiadsa revela que há grande desconhecimento sobre os produtos. Apenas 8% dos entrevistados acertaram o conceito de diet e ninguém o de light.
É equivocada a idéia de que os produtos diet são apenas aqueles sem açúcar, e os light os que têm menos calorias. E há muitas dúvidas sobre os benefícios de cada um. Diabéticos, hipertensos, pessoas com nível de colesterol alto ou com excesso de peso podem consumir o mesmo alimento ou bebida diet ou light? Nem sempre, e por isso é importante conversar com um médico ou um nutricionista sobre a dieta ideal para cada finalidade.

Conheça a diferença entre light e diet

Alimento diet
A Portaria 29/98 do Ministério da Saúde estabelece o regulamento técnico para fixação de identidade e qualidade de alimentos para fins especiais.
O termo diet pode ser usado:
1. nos alimentos para dietas com restrição de nutrientes (carboidratos, gorduras, proteínas, sódio, e em geral são próprios para públicos específicos, como diabéticos, celíacos ou hipertensos);
2. nos alimentos para dietas com ingestão controlada de calorias (para manutenção, perda ou aumento de peso ou controle de açúcares).
Os alimentos para dietas controladas não podem ter a adição de nutriente, mas podem contê-lo naturalmente. Por exemplo, em uma geléia de frutas diet, para quem faz uma dieta com ingestão controlada de açúcar, é permitida a existência do açúcar natural do alimento, a frutose.
Os alimentos restritos em carboidratos (como pão ou chocolate diet) ou gorduras (iogurte desnatado, por exemplo) podem conter, no máximo, a adição de 0,5g do nutriente por 100g do produto. Já os alimentos restritos em proteínas devem ser totalmente isentos. Sendo assim, pode-se definir alimento diet como o produto isento ou praticamente isento de um nutriente específico.
Alimento light
A definição de alimento light deve ser empregada nos produtos que apresentem redução mínima de 25% em determinado nutriente ou em calorias, se comparado com o alimento convencional.
Para que ocorra a redução de calorias é necessário que haja a diminuição no teor de algum nutriente energético (carboidrato, gordura ou proteína). Assim, a redução de um nutriente não energético (por exemplo, de sódio no sal light) não interfere na quantidade de calorias do alimento.

Bebidas

De acordo com a Instrução Normativa 29/99 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, bebida dietética (diet) é a que possui teor de açúcar menor que 0,5g/100ml, mas esse limite pode ser maior nos refrigerantes dietéticos quando proveniente da adição de suco de fruta. Já bebida de baixa caloria (light) é aquela cujo conteúdo de açúcares é substituído por edulcorante natural ou artificial e cujo teor calórico não ultrapassa 20kcal/100ml.

Dicas para o consumo de alimentos modificados

Para evitar confusão, é importante ler os rótulos dos produtos light e diet e compará-los com o alimento convencional, para verificar se eles atendem às necessidades e objetivos de quem vai consumi-los.
O produto diet que não contém açúcar ou gordura pode ter grande quantidade de carboidrato na sua composição. Os pães diet, por exemplo, contêm farinha, rica em carboidrato.
Nem todos os alimentos diet apresentam diminuição significativa na quantidade de calorias. Isso vai depender do nutriente que foi retirado e do que o substituiu. Por exemplo, o chocolate diet pode ser consumido por quem tem intolerância ou restrição ao açúcar, como os diabéticos, mas para emagrecer não é indicado, pois pode ter quantidade de gordura igual ou maior do que o convencional.
Na composição de uma alimentação balanceada para as pessoas que desejam emagrecer, os alimentos diet e light podem ser usados em substituição aos mesmos alimentos na versão convencional. Não se deve aumentar a quantidade consumida de um alimento pelo fato de ele ser light.
O mais importante para emagrecer com saúde é ter alimentação equilibrada, que combine diferentes nutrientes e sem excessos.
Alguns produtos, como maionese e queijos amarelos, mesmo com a quantidade de gordura reduzida, continuam sendo muito gordurosos. No caso dos queijos, é melhor trocar amarelos por brancos do que escolher uma versão light.
O sal light salga menos e muita gente acaba usando-o em maior quantidade que o convencional. Mesmo assim, preferir a versão light pode ser vantajoso, pois o potássio usado para substituir parte do sódio pode atuar como redutor da pressão arterial.
Nem todos os alimentos light e diet são recomendáveis para os cardíacos. Alguns têm muita gordura saturada, sal e gordura trans.
Fonte: www.senado.gov.br