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sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Dieta do PH o que é bom e ruim nesta dieta

Ela promete eliminar toxinas, mas não leva em conta o número de calorias.

Emagrecer e deixar o corpo livre de toxinas são as promessas que vêm conquistando a turma adepta da dieta do pH. A ideia por trás do método é ajustar a alimentação para deixar o pH do sangue mais alcalino - a mudança seria suficiente para favorecer a eliminação de toxinas. Na prática, isso quer dizer mais destaque para cereais integrais, frutas e verduras na hora de montar o prato, enquanto carne vermelha e leite integral ficam de lado. "Existem algumas propostas positivas na dieta do pH, mas nenhum estudo científico foi feito para provar que ela pode levar ao emagrecimento", afirma o nutrólogo Roberto Navarro, da Sociedade Brasileira de Nutrologia (ABRAN). Conheça os detalhes de mais esta opção e decida se vale a pena investir.

Visa a reeducação alimentar: Essa dieta coloca no cardápio alimentos saudáveis, como frutas verduras e legumes, e retira as carnes gordurosas, farinha branca e industrializados que, em excesso, fazem mal à saúde. Por isso, se bem balanceada, pode funcionar como uma reeducação alimentar.

Não conta calorias: "Qualquer dieta para emagrecer deve se preocupar com o número de calorias ingeridas", afirma Roberto Navarro. Se você gasta mais calorias do que consome durante o dia, acaba emagrecendo, por isso a medida é tão importante. "Não há comprovação nenhuma de que a eliminação de toxinas provoque a perda de peso, como promete essa dieta", afirma o especialista. Além disso, homens e mulheres em diferentes faixas etárias têm necessidades calóricas diferentes, ignorar esse valor pode trazer prejuízos à saúde.

Diminui a retenção de líquidos: O nutricionista Israel Adolfo, de São Paulo, conta que qualquer alimento gera um resíduo tóxico, naturalmente diluído em água pelo organismo. Portanto, quanto mais toxinas ingeridas, maior a retenção de líquidos. Por manter o pH do sangue mais alcalino, essa dieta promove a eliminação de toxinas. "Por isso que dizem que essa dieta elimina até oito quilos em um mês, mas a maior parte desta perda corresponde à agua", afirma. 

Não elimina gorduras: O nutricionista explica que a eliminação de toxinas não promove o emagrecimento, como prometido. "Não há, necessariamente, redução do percentual de gordura corporal, apenas redução da retenção de líquidos".  

 Coloca alimentos integrais na dieta: Como dito antes, uma vantagem desse tipo de dieta é estimular o consumo de alimentos integrais, o que contribui para a qualidade nutricional da alimentação e também para melhorar a digestão. Além disso, o aumento no consumo de alimentos integrais diminui o índice glicêmico, reduzindo a liberação de insulina corporal e favorecendo a saciedade.

Desencoraja o consumo de carnes e laticínios: se consumidos em excesso, os laticínios integrais e as carnes vermelhas aumentam o colesterol, favorecendo o aparecimento de doenças cardiovasculares. "Mas, na dose certa, eles te dão, respectivamente, as quantidades adequadas de cálcio, garantindo ossos fortes, e de proteínas, essenciais para o crescimento muscular", afirma Roberto Navarro.

 Incentiva a prática de atividade física: a dieta do pH estimula a prática de exercício físico, essencial para aumentar o gasto calórico diário e acelerar o emagrecimento. 

Podem faltar nutrientes para o exercício: por outro lado, ela não te garante os nutrientes necessários para quem faz exercícios físicos. Roberto Navarro explica que, se você corta a carne da dieta, pode ficar sem proteínas para gerar músculos. Uma opção nesses casos é optar pela proteína vegetal, como a lentilha. O especialista reforça que esse risco é maior para adolescentes em fase de desenvolvimento e, portanto, precisando de quantidades maiores da substância.

  Contempla todos os grupos alimentares: diferente de outras dietas restritivas, a do pH abrange todos os grupos nutricionais, mesmo priorizando aqueles que deixam o sangue mais alcalino. "Isso garante que a alimentação seja o mais próxima possível de uma alimentação balanceada", afirma Roberto Navarro. 

Não leva em consideração as necessidades alimentares individuais: assim como os outros regimes alimentares que viram moda, a dieta do pH acaba sendo feita sem qualquer acompanhamento médico ou nutricional. "Qualquer dieta, por mais equilibrada que seja, pode ser perigosa se não são levadas em consideração as necessidades individuais", diz Roberto Navarro."Para pessoas com anemia - que muitas vezes nem sabem que têm a doença - por exemplo, não é recomendada a restrição de carne vermelha".

Incentiva a redução do consumo de alimentos industrializados: vilões do século 21, os alimentos industrializados estão fora da dieta do pH. Além de serem ricos em sódio, substância que acidifica o sangue e, comprovadamente promove perda de massa óssea e cálculo renal, eles são muito calóricos. 

A dieta é monótona, o que diminui a adesão: com tanta restrição, fica difícil manter a dieta longe da monotonia. Roberto Navarro explica que as dietas com pouca variedade de alimentos acabam sendo abandonadas sem que você consiga experimentar resultados. Uma ideia para manter a dieta interessante é adicionar ervas e temperos aromáticos, como a salsa, coentro, alecrim e o manjericão.

 Previne cálculo renal e perda de massa óssea: "para retirar a acidez do sangue e restabelecer o pH, o corpo retira cálcio dos ossos sob a forma de bicarbonato de cálcio, componente que devolve a neutralidade ao sangue", afirma Roberto Navarro. O excesso de bicarbonato de cálcio circulante acaba indo para os rins, podendo provocar a formação de pedras. Por isso, uma dieta que prioriza a manutenção do pH do sangue protege os ossos e os rins. 

Não emagrece obrigatoriamente: o especialista explica que a alimentação para emagrecer precisa ter a contagem calórica como base. "Se você consumir os alimentos que alcalinizam o sangue em excesso, vai acabar engordando", afirma Roberto Navarro.

O consumo de óleo de coco e um aliado a dieta



Ele reduz o colesterol, controla o diabetes e ajuda a emagrecer.

Quatro colheres de sopa por dia. Essa é a quantia média recomendada para o consumo do óleo de coco, uma gordura saturada, mas de origem vegetal, que está fazendo a cabeça não só de quem está de dieta, mas até daqueles que precisam controlar problemas de saúde. "O produto 100% natural apresenta propriedades que favorecem a perda de peso, reduzem o colesterol ruim e até controlam os níveis de açúcar no sangue", aponta a nutricionista Cátia Medeiros, da clínica Espaço Nutrição, em São Paulo. 

Vendido em lojas de produtos naturais e algumas farmácias, o óleo de coco apresenta duas versões. Uma delas em cápsulas, que devem ser ingeridas no horário do almoço ou do jantar. Já a versão em óleo pode ser adicionada no preparo dos alimentos, em pastas e patês para acompanhar torradinhas ou mesmo em vitaminas. Para entender como ele age no organismo e conhecer outras boas razões para consumi-lo, veja a lista que você confere a seguir.

Controla a compulsão por carboidratos
Além de todos esses benefícios, o óleo de coco certamente deve ser um alimento que não pode faltar na dieta de quem tem diabetes ou de quem não resiste a uma guloseima. "Assim como os alimentos ricos em fibras, ele ajuda a manter níveis estáveis de glicose no sangue e não estimula a liberação de insulina, o que diminui a compulsão por carboidratos", explica a especialista Cátia Medeiros. Ao contrário de outros óleos poli-insaturados, que dificultam a entrada de insulina e outros nutrientes dentro das células, o óleo de coco favorece essa entrada e, por isso, a taxa de açúcar no sangue fica normalizada.
Promove a saciedade
Por ser uma gordura, o óleo de coco tem uma digestão diferenciada. "Ele permanece mais tempo no estômago do que um carboidrato, por exemplo, o que aumenta a sensação de saciedade", explica a nutricionista Cátia Medeiros. Com o apetite reduzido fica mais fácil segurar a vontade de petiscar o dia todo, hábito que pode sabotar a dieta e, consequentemente, o desejo de emagrecer.
Acelera o metabolismo
De acordo com a nutricionista Maria Fernanda Cortez, da clínica Nutri & Consult, em São Paulo, se consumido diariamente, o óleo de coco aumenta o gasto energético do organismo. "Ele estimula o funcionamento da glândula tireoide, que está diretamente ligada ao nosso metabolismo, o que aumenta a queima de calorias", explica. Assim, não adianta apostar em dietas radicais se essa glândula e, consequentemente, seu metabolismo não está funcionando adequadamente. O ponteiro da balança simplesmente não sairá do lugar.
Melhora a prisão de ventre
Por ter rápida absorção e solubilidade, o óleo de coco também é amigo do intestino. "Seus componentes agem normalizando o trânsito intestinal", diz Cátia Medeiros. As ações benéficas para o intestino também valem no caso de o intestino solto, pois ele ajuda a eliminar bactérias perigosas e favorece o crescimento da flora intestinal saudável.
Reduz o colesterol
O bom funcionamento da tireoide, favorecido pelo consumo de óleo de coco, também garante a redução do colesterol LDL (colesterol ruim) e a elevação do colesterol HDL (colesterol bom). "Isso ocorre porque essa glândula consegue metabolizar esse componente na formação de hormônios essenciais", explica a nutricionista Maria Fernanda. Com a normalização da taxa de colesterol sanguíneo há diminuição do risco de doenças cardiovasculares.
Fortalece o sistema imunológico
Outro benefício do óleo de coco é o fortalecimento do sistema imunológico. "Ele age no combate e na prevenção contra o ataque de bactérias e fungos que ameaçam nossa saúde e ainda melhora a absorção de nutrientes, reforçando as defesas do organismo", explica Maria Fernanda. Isso ocorre devido ao ácido láurico, também presente no leite materno e que tem o poder de combater inúmeras infecções.
Combate o envelhecimento precoce
"O óleo de coco promove a diminuição de radicais livres presentes no organismo, responsáveis pelo envelhecimento celular", aponta a Maria Fernanda. Segundo ela, isso acontece graças a ação de componentes da vitamina E, presentes no óleo. Até certo nível, os radicais livres são benéficos para o corpo, mas o acúmulo pode causar não só o envelhecimento precoce, como também o desenvolvimento de um câncer em decorrência da oxidação de células saudáveis.